"Embaraçados, estranhos, sinceros

Versos livres

Versos de um coração quente

Ou frutos de uma mente doente

desumana e intratável."


























quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Como o vento e as paredes

As paredes me observam
Ficam caladas, me esperando
No entanto, me vejo
Assim como elas

O vento passa, urgindo, atropelando
Passa rápido, suave, com força
Só para por si e assim fica
Olhando as paredes
Calmo, sereno, esperando...
No entanto, me vejo
Como o vento

As paredes barram o vento
Mas o vento não para
O vento derruba paredes
Mas as paredes continuam duras
No entanto, me vejo
Como o vento e as paredes

A parede mantém-se presa
É tão dura, mas ainda sente
O vento é flexível, é livre
É sensível e indiferente
 
 (Eduardo Salarini)

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